Ramon Rubim, um dos boleiros mais queridos do futebol de areia capixaba, não esconde que a convocação para a seleção brasileira, após defender o Botafogo (RJ) no Brasileirão, foi um dos momentos mais especiais da sua carreira, que completa nesta temporada 15 anos de competições.
Ramon, que conquistou recentemente, com o PSNE Guerreiros, o Torneio Costa a Costa de Verão, em Prado, Bahia, esbanja motivação para a temporada de 2022.
“Quero continuar treinando para competir em alto nível, disputar todos os torneios possíveis, e continuar me aperfeiçoando na área esportiva”, disse o atleta que promoveu, com extremo sucesso, o I Torneio da Grande Santo Antônio da modalidade no ano passado.
Ele confessa que sempre amou futebol. Não importava o piso (campo, quadra ou areia). Mas se apaixonou pelo beach soccer, começando a pratica-lo na escolinha do Duda (Duda GSA), na Prainha de Santo Antônio, o bairro onde reside.
O seu primeiro Estadual foi bem marcante, segundo ele, que tinha 18 anos na época.
”Chegamos na final com a Seleção de Vila Velha o que para mim foi uma sensação maravilhosa, eu tão jovem no meio de vários craques que só via pela televisão”, recordou.
Outro Estadual marcante foi o de 2015. “Já estava um pouco mais experiente e jovem ao mesmo tempo, enfrentamos a forte seleção de Cariacica, que era a base da seleção brasileira na época e favorita ao título”, comentou.
“Nosso time, feito só com jovens promissores no beach soccer fez frente a Cariacica. Perdemos por 4 x 3, com dois gols meus, e fomos aplaudidos de pé por toda arena, que viu um belo espetáculo e os jovens guerreiros que ali estavam. Fiquei muito feliz com aquela atmosfera”, afirmou.
Além do primeiro Estadual em 2008, foi significativa também a convocação para a seleção do Brasil. “Foi em 2020 que tive a honra de ser convocado. Momento maravilhoso, especial na minha trajetória”, disse.
Ramon é sincero e não esconde que merecia ter tido chance na seleção capixaba. “Mesmo com vários craques, tinha uma galera boa chegando e não houve renovação”, observou.
O atleta mostra admiração pelo Municipal de Vitória. “É um torneio diferente, já existe uma rivalidade sadia entre as equipes, sempre muito organizado e bem competitivo”, avaliou.
“Ao meu ver, tem que ter continuidade e não podemos deixar morrer a essência do beach soccer capixaba que sempre revelou grandes jogadores a nível mundial”, acrescentou.
Duda sempre foi referência para Ramon no beach soccer, pois, sempre o aconselhou. “O carioca Jorginho foi o melhor disparado que vi jogar e tive a oportunidade de jogar contra e a favor também, e sou fã do meu amigo Bruno Xavier, baita jogador e líder dentro de quadra”, destacou.
Conforme Ramon, a sua família sempre esteve ao seu lado, na torcida e o incentivando. “Mas não posso me esquecer de uma pessoa muito importante que é a Laila Pecorari, minha companheira de todas as horas, a minha maior incentivadora e apoiadora nas decisões esportivas e pessoais”, comentou.
Ramon diz não ter arrependimentos. “Mas em um determinado momento eu poderia ter sido um pouco mais paciente e persistente”, avaliou.
“Talvez minha história no beach soccer fosse diferente, mas acredito que tudo é aprendizado e nunca é tarde para aprender”, finalizou.