Suia pinturas foram mostradas em exposições nacionais e internacionais. Foto: Nilo Tardin
O pintor das 5 mil telas, Filogônio Barbosa Aguilar faleceu aos 87 anos no final da tarde deste domingo, 25 em Colatina, noroeste do Espírito Santo.
O artista plástico e escritor mineiro mais colatinense de todos, Filogônio, o Filó como gostava de ser chamado era o consagrado autor de romances ambientados no município que escolheu para viver há mais 60 anos.
O livro Náufragos da Esperança relata a saga dos últimos momentos do navio a vapor Juparanã que singrou o Rio Doce de 1927 a 1954.
Renomado pela pureza do traço e da arte das cores, também fez incursões pelo teatro.
Se aposentou como professor de português e literatura na Escola Agrotécnica Federal de Colatina, atual Ifes. Telas inesquecíveis para uma geração de colatinenses, tal qual a imagem do apache sendo arremessado pelo bisão que enfeitava o saguão de entrada do extinto Cine Idelmar de 1.500 lugares, ou painéis em diversos estabelecimentos comerciais de Colatina e Grande Vitória e várias cidades capixabas.
Filogônio nasceu em Malacacheta (MG) a 10 de junho de 1934. Costumava dizer que a pintura do Cine Idelmar foi seu ‘cartão de visitas’ logo que chegou ao município. O prefeito de Colatina Guerino Balestrassi decretou três dias de luto oficial. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento. Amigos informam que a morte do Mestre de Todas as Artes de Colatina não foi provocada pelo Coronavírus.